segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eu te conheço?

Quantas pessoas podem dizer que conhecem você profundamente?
E você, conhece profundamente quantas pessoas?

Proponho aqui um breve exercício: pense nas pessoas que você julga conhecer profundamente. Conte quantas são e anote seus nomes em um papel. Agora pense em ao menos uma situação com cada uma delas em que você consiga demonstrar o porquê as conhece profundamente.

Depois, se for possível, converse sobre o que você pensou com elas. Se quiser me contar qual foi ou quais foram os resultados, vou gostar bastante.

Entendo que a maioria das pessoas que considero meus amigos não me conhecem profundamente, e eu tão pouco a eles. Isso não quer dizer que são relações superficiais.

A superficialidade é boa, e o "conhecer profundamente" nem sempre é o meu desejo com todos, nem o de todos comigo.

O meu conceito de conhecer profundamente é simples: quando você passa a pensar a mesma coisa que o outro frequentemente, você conhece profundamente. Se você já passou por isso, não precisarei explicar. Se ainda não passou, lembrará deste post quando passar.

Sinto que muita gente exerce o papel de filho, mas não conhece seus pais. Exerce o papel de namorado (a) e não conhece sua companheira (o). Exerce o papel de amigo, mas não honra esse título.

Acontece que, quando esse tipo de relação se estabelece, a responsabilidade para com o outro é maior. A ligação de características e a compatibilidade de conduta tornam as partes envolvidas muito dependentes uma da outra.

Isso faz com que a relação se torne muito intensa: a sensação de segurança, de parceria e de cumplicidade justifica toda e qualquer alegria, mesmo que barata, ao lado da pessoa que se conhece profundamente.

Contudo, o lado negativo é tão forte quanto: decepcionar ou ter uma decepção por parte de alguém que você conhece ou que te conheça tão bem é como receber uma pedrada de paralelepípedo no rosto. Daí a responsabilidade mencionada acima.

E por que isso acontece? Por que, na verdade, são poucas, ou nenhuma pessoa que mantém esse tipo de relação conosco.

Uma vez me disseram que sou o tipo de pessoa que você mal conhece e já fica amigo. Fiquei muito feliz em receber essa notícia, mas hoje tenho a noção de que conquistar a simpatia das pessoas é uma coisa. Conhecê-las, de fato, é outra.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pausa para leitura...

Faço uma breve pausa para falar um pouco a respeito dos blogs que o Inconsequente aqui lê.

O intuito é mostrar um pouco do que leio diariamente na internet, e agradecer, de certa forma, por essas pessoas dividirem um pouco de seus pensamentos e opiniões comigo.

Como são sete links que estão elencados aí ao lado, farei um post sobre cada um deles ao longo dos dias.

Vou começar com o Blog do André Kfouri.

Filho do conhecido jornalista Juca Kfouri, André consegue se desvencilhar da imagem do pai com muita personalidade e maturidade, o que fez de seu blog o meu preferido entre os esportivos.

Acompanho seu trabalho desde os tempos do Ig, quando seus textos alimentavam o Blogol. Atualmente seu blog se hospeda no Lancenet, braço digital do jornal Lance. Tem uma formatação que facilita o ritmo da leitura, tornando-a rápida e envolvente.

Outra característica que me atrai é que seus posts em geral não são nenhum tratado de Tordesilhas. São objetivos e claros, com sutilezas que vão da discrição à ironia (o que me atrai muito).

Esse tipo de texto ajuda a diminuir aquele estigma de que o homem que gosta de futebol é um ogro que toma cerveja e fala palavrão. Inclusive, entre os leitores do blog, encontram-se muitas mulheres, pelo que percebo.

André fala, na maioria das vezes, de futebol sob uma ótica muito bem ponderada, produzindo uma crítica justa e sincera, diferente do que encontramos por aí no jornalismo esportivo.

As famosas especulações de boteco não têm vez em seu blog, qualificando a informação ali  postada e conferindo mais credibilidade ao canal.

Outro ponto que me chama a atenção é que André tem, como poucos blogueiros, o hábito de responder comentários pessoalmente, proporcionando uma proximidade e uma troca que não existe em outros blogs.

Pra finalizar, não deixe de ler o perfil dele. É o que eu gostaria de dizer às pessoas daqui uns anos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Corpo fechado

Não. Não é anúncio de pai de santo, de cartomante ou de bruxaria. Vou falar sobre o princípio do corpo fechado, e não sobre os rituais que prometem isso.

Estar com o corpo fechado é não se deixar atingir por terceiros. Certa vez uma amiga e eu conversamos muito sobre isso, e foi ela quem me chamou a atenção pra esse detalhe.

Às vezes reclamamos muito de que somos o alvo, mas é difícil perceber que muitas vezes, quem corre atrás das flechas somos nós. Daí a história sobre corpo fechado.

Sob a minha ótica (e a da minha amiga), quem determina o que nos atinge e o que passa reto somos nós mesmos. E ninguém mais. Você escolhe ser atingido pela maioria das coisas que te acertam. Do mesmo modo, é você quem decide o que passa reto.

Pare pra pensar naquela pessoa que pisou em você, única e exclusivamente por que você permitiu que fosse assim. Em contrapartida, pense naquela situação extremamente adversa que nem um respingo teve. Por isso, digo: o segredo é a nossa decisão de nos deixar atingir ou não.

Calma: não sou fundamentalista em afirmar que há como fazer o controle total sobre o que nos atinge ou não. Entendo que em muitas situações, isso é inevitável. Mas é nossa opção ficar sangrando ou bater o pó.

Eu busco o meio termo. Entendo que se deixar atingir às vezes faz parte. E tem dois lados. O lado positivo é que a flecha pode ser muito boa. Pode ser muito, muito bom ser atingido. Contudo, também pode ser uma flecha grande demais para as nossas capacidades. Nesse caso, o lado bom é a cicatriz que ela causa, possibilitando algum crescimento. Mesmo que seja forçado. Mesmo que doa.

Pra finalizar, quero falar também de quem atinge. O Pequeno Príncipe disse que “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Eu completo dizendo que você também é responsável por quem ou aquilo que atinge ou destrói.

Pense em quanto você está se deixando atingir. Pense em quanto você está atingindo. Eu estou pensando, e até agora, ainda não cheguei a nenhuma conclusão.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A honestidade de relacionamento

Esse é um termo que venho usando há uns anos. Resolvi ser honesto com os meus relacionamentos e honesto com as pessoas que resolvem se relacionar comigo.

A princípio, pode parecer simples. Mas acho que tem muito mais de Inconsequente do que parece.

Ser honesto em um relacionamento é começar por você mesmo. Assumir seus sentimentos, ou a ausência deles, é uma boa maneira de começar. Entender o que passa, escutar seu coração (ou a razão) em muitos casos pode ser crucial.

A honestidade não é tão simples de ser encontrada. Por isso, escutar amigos, amigas e família pode ser um passo importante pra que você seja mais honesto com os seus sentimentos. E então, a partir daí, mais honesto com os outros que são impactados pelas suas decisões.

Mas não se engane: quem determina a sua honestidade é você. E não é necessário dizer com todas as letras e palavras o que você sente, nem tão pouco perguntar diretamente sobre seu caso (leia o post "Isso é uma indireta"). A ideia é refletir sobre, capisce?

Inclusive, demonstrar a sua decisão para outra pessoa, fazer com que esses sentimentos sejam visíveis e decifráveis também faz parte desse processo. Sejam elas decisões boas ou ruins. A longo prazo ou a curto prazo. De amor ou de aventura.

Desligar-se de um relacionamento por completo pra poder começar outro é tão honesto que deveria ser pré-requisito. É o tipo de atitude que resguarda ambas as partes. O contrário, acaba caindo no clichê que do poderia ter sido e não foi.

Na prática, isso significa se livrar de fotos de cabeceira (e não guardá-las em uma caixa pra olhar de vez em quando), apagar depoimentos e esquecer determinadas coisas. Incluir nos planos e tornar prioridade. Mais que isso: desocupar o coração para receber outra pessoa.

O último ponto que define a honestidade de relacionamento é uma atitude que os nossos bisavós já invocavam, mas que é muito difícil de realizar: se colocar no lugar do outro. Essa atitude dá uma ótima noção, mesmo que sob a ótica pessoal, de honestidade de relacionamento, de respeito, admiração e perenidade.

A honestidade de relacionamento não é imposta. É sentida, e deve ter a ingênua condição de ser exercida.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Portuñol: la aula!‏

Cuemo todos nosotros sabemos, hablar español requer, en la verdad, un poquito de treinamiento.

Pero, se usted hasta coñece la lengua portuguesa, todo o que tienes a hacer é dar una fuerçadita en el sotaque e en el diminutivos, alién de introduzir las vogais dientro de las palavritas.

Presta la tención en la frase de ejemplo: “Hoy, yo me sientei en la caderita, mirei la pelota e piensei: ¿Dios! Quien haberá de ter feito un furito en el cuero?”

Otra dica que yo puedo dar a usted és la utilización de la puntuación indicactivita de la pregunta. La junción de las teclas ‘Alt + 168’ resulta en el puento de exclamación de puenta cabeza: ¿.

Tenemos un ótimo exemplito de portuñol en la noviela de las siete: Victor Valentin, que en la verdád já fuê otra persona, que hoy já no és más. Con todo su repertório de palabras sotaqueadas, demuenstra como és possible se hacer entendier mesmo que non se saiba un nadita de español.

Por isso, mis caros, yo preparé este “post-guia práctico” del la lengua española, para que usted saiba, en el mínimo, solicitar un cachuerro quiente e una coca-cuela afuera de su país.

Un grande abracito,

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Encontrei um famoso...

Em primeiro lugar, entenda por famoso uma pessoa pública que você admira, e não ex-BBB's, ok?

É engraçado como não conseguimos prever e controlar nossas reações quando estamos diante de uma pessoa que admiramos. Já tive reações planejadas e reações completamente fora do que eu imaginava que teria.

Às vezes, quando vejo que o tal famoso está na área, já fico me perguntando:

"Será que vou até lá abordar o sujeito?"
"Cumprimento e puxo papo ou cumprimento e saio andando?"
"Será que espero ele me dar uma abertura pra fazer um comentário?"
"Será que ela tá de bom humor?"
"Será que não vou interromper um momento pessoal?"
"Será que eu vou perder essa chance?"
"Será que ela vai descobrir um talento em mim e me transformar em rico famoso?"

O fato é que algumas pessoas habitam o nosso imaginário como intocáveis, e acabam nos intimidando só com a sua presença. Mas pense pelo outro lado: será que esse monte de gente te admirando também não é motivo para se intimidar?

Por fim, outra coisa que acho que muita gente deve confundir: o fato de um famoso ter conversado com você, ter sido simpático e amigável não quer dizer que ele seja seu amigo. Já vi muita gente achando que por ter recebido um reply no twitter é parceiro de infância do transeunte formador de opinião.

Acontece que tenho a impressão de que nunca vou saber como me comportar na frente de uma pessoa dessas. E se, um dia fosse eu quem estivesse no papel do famoso, provavelmente também não saberia.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Isso me irrita.

Ultimamente venho percebendo como muitas coisas banais me irritam facilmente. E o pior: a culpa não é minha.

O simples fato de acordar com um despertador às 07h20 já é motivo pra que eu fique um pouco irritado. Enrolar um pouco e perder a hora acelera o processo de irritação. Pensar que estou acordando pra ir trabalhar me irrita mais um pouco. Levantar e lembrar que tenho que vestir a desconfortável roupa social me irrita mais ainda.

Andar 5 quarteirões pra pegar um busão lotado me irrita ao quadrado. Descobrir que o crédito do bilhete único acabou, me irrita mais um pouco. Escutar o funk do celular da preparada do lado me alivia , por que passo a me irritar só com ela e esqueço o resto por alguns momentos.

Descer do ônibus e pisar em uma poça de água, sem saber que o meu sapato tem um furo na sola me faz lembrar que o dia ainda pode ser bem mais irritante do que eu achava. E com o pé esquerdo molhado.

Chegar no trabalho e encontrar 4 e-mails da chefia com...
1. Novos projetos
2. Feedback
3. Pedido de favor pessoal
4. Comida de rabo por algo que deu errado, mas que não era culpa minha
...me irrita ao ponto de eu pensar que o Egito tá mais bacana pra morar do que São Paulo.

Almoçar e descobrir que as 3 folhas de alface do seu prato e um bife pesam o suficiente pra custar R$22 reais, me irrita o bastante pra eu pensar em virar um faquir.

Ficar até às 20h no trabalho por conta de uma cagada de outra pessoa me irrita de tal maneira que considero a possibilidade de entrar em contato com a assessoria do Osama Bin Laden pra mandar um currículo.

Voltar pra casa no busão que, agora está vazio, mas que me dá a oportunidade de pensar no dia que tive me irrita de tal maneira que imagino já ter um terreno de 500m quadrados garantidos no céu, entre os lotes de São Pedro e São Marcos.

Chegar em casa num baita calor e descobrir que a piscina está em manutenção me irrita ao ponto de imaginar que seria muito melhor que alguém não tivesse inventado o tal "lazer".

Desistir da piscina, entrar na internet e ver que sua (seu) namorada (o) ainda não teve a inteligência de apagar os recados do (da) ex do orkut e facebook me irrita de forma que considero passar um tempo no Tibet para aprender a ser monge.

Desistir da internet e ir pro sofá assistir ao jogo do seu time preferido, descobrir que vai passar o jogo do Paysandú e Itápolis me irrita o suficiente pra que eu assista a MTV.

Esquecer da hora vendo TV e descobrir que já é de madrugada, e que você vai acordar com sono no dia seguinte quando o despertador tocar me irrita ao ponto de eu escrever um texto pra colocar num blog inconsequente.

E você? O que te irrita?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Esse texto não é meu...

...mas serve pra mim, pra você e pra todo mundo. Mais uma vez, um convite à reflexão.

Por onde o recebi, a autoria é atribuída a Victor Hugo, que por sua vez, foi um inconsequente, e sendo inconsequente, tem as portas abertas neste espaço.

"Desejo primeiro, que você ame, e que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer e esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo pois, que não seja assim, mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos, que mesmo maus e inconseqüentes, sejam corajosos e fiéis, e que em pelo menos num deles você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos; Nem muitos, nem poucos, mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil, mas não insubstituível. E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante; não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com os que erram muito e irremediavelmente, e que fazendo bom uso dessa tolerância, você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você sendo jovem não amadureça depressa demais, e que sendo maduro, não insista em rejuvenescer e que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste; não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra que o riso diário é bom; o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra, com o máximo de urgência, acima e a despeito de tudo, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato, alimente um cuco e ouça o João-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal; porque assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente, por mais minúscula que seja, e acompanhe o seu crescimento, para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga "Isso é meu", só para que fique bem claro quem é o dono de quem.


Desejo também que nenhum dos seus afetos morra, por ele e por você, mas que se morrer, você possa chorar sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo um homem, tenha uma boa mulher, e que sendo uma mulher, tenha um bom homem e que se amem hoje, amanhã e no dia seguinte, e quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer, não tenho nada mais a te desejar."

Vitor Hugo

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Isso é uma indireta

Acho que falta uma percepção geral das pessoas sobre as indiretas da nossa vida.

As que recebemos de outras pessoas, as que nós fazemos questão de dar, as que fingimos não perceber, as que percebemos e que, na verdade, não são...

Uma indireta pode ser um recado, uma presença, uma ausência, um olhar, uma oportunidade, um testemunho, um comentário...

Por isso, seria ótimo se existisse um senso comum sobre as indiretas. Sempre que uso uma, quero fazer valer o meu ponto de vista sem que seja necessário dizer com todas as letras o que preciso. Você também faz isso, tenho certeza.

Mais: as indiretas, pelo menos as do meu estilo, servem sempre pra alertar sobre algo que, em minha opinião, seria dispensável dizer. Ou seja, sempre as utilizo quando acredito que a pessoa para a qual enderecei a minha ação indireta já deveria ter percebido o que eu quis dizer sem a necessidade da indireta.

Um exemplo simples, fácil, bonito e elegante: acabei de fazer um favor banal pra uma pessoa. Ela não agradece. Eu solto um singelo - “de nada!!”.
Ou seja, a minha conclusão é que, se há indiretas no nosso caminho, há algo errado em nossa percepção.

Mas elas representam uma remota chance de mudança, e sempre que as uso, é nessa chance que eu penso.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O assunto é hoje.

Eu, você, nossos amigos, nossas famílias, nossos vizinhos e quem quer que seja vive todos os dias em função ou do passado ou do futuro.

Explico:
Nós nos lamentamos ou nos exultamos pelo que fizemos ou pelo que fomos no passado. Vivemos em função das nossas realizações, dos laços conquistados, dos degraus subidos. Valorizamos a nossa essência, nos orgulhamos de nossas raízes e enxergamos o mundo de acordo com a nossa experiência.

Nós também idealizamos o futuro todos os dias. Pensamos no que vamos fazer, no que vamos ser, cravamos nossas previsões sobre a nossa vida e a vida de outras pessoas. Aspiramos ao que não somos e corremos atrás daquilo que queremos fazer, de quem queremos ser.

A pergunta que eu faço é bem simples: e o que fazemos com o hoje, com o presente?

Percebi que a importância que damos ao nosso passado e ao nosso futuro muitas vezes faz com que deixemos de lado aquilo que estamos vivendo hoje.

O perigoso é talvez não percebermos que o futuro e o passado sempre existirão entre o tal "hoje". Assim, o hoje fica resignado a um tempo/espaço que não é nunca levado em consideração.

Por isso, fica aqui o apelo: vamos pensar no hoje, no agora, no presente. É ele se tornará o nosso passado. E, nesse caso, eu prefiro construir o passado a idealizar o futuro.

Cada respiração, cada sensação, cada frio na barriga, cada sorriso espontâneo, cada gargalhada deve ser sentida hoje, aqui e agora. Não quero pensar que a minha melhor risada já passou, nem que a minha maior aleria ainda não chegou.

O bom é o hoje, é o agora.

Por isso, a partir de agora, eu vou valorizar cada pedaço do meu hoje, pra que amanhã eu possa olhar pra ontem sabendo que a felicidade, na verdade, é agora.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Inconsequente

Prazer, Inconsequente.

Você já pode imaginar que, pelo nome, este espaço não vai fazer média com ninguém. Palavras não serão medidas, a "social" não será repeitada e mentiras estão fora de cogitação. A verdade é sempre mais dolorida.

Relacionamentos, esportes, polêmicas, religião serão assuntos recorrentes por aqui, e também o que mais der na telha. Afinal, o Inconsequente aqui sou eu e falo sobre o que eu quiser.

O fato é que, o conteúdo aqui postado poderá trazer (ou não) consequências pra mim, pra você ou pra outro ser qualquer. Uma inconsequência é que não vai trazer.

Você não tem a obrigação de ler, de comentar, de repercutir. Mas se o fizer, por favor, não seja um inconsequente.